Em entrevista ao Cast do Bom do site O Bom da Notícia nesta terça-feira (18), a deputada federal Gisela Simona (UB) comemorou o feito histórico de assumir uma vaga na Câmara Federal quando a bancada mato-grossense vive seu maior momento de paridade e equidade, com 50% de sua atuação, composta por parlamentares mulheres. Assim, a bancada agora é formada por Gisela Simona, Amália Barros (PL), Coronel Fernanda (PL) e Flavinha Rodrigues (MDB).
Ainda que vá atuar por apenas 121 dias na Casa de Leis federal, Gisela defende a união das deputadas do Estado e quer deixar marcado na história política mato-grossense este momento de atipicidade. Assim, ao Cast do Bom, Gisela adiantou que após o recesso parlamentar convidará as parlamentares para um café ou chá da tarde, para que juntas abram uma discussão na criação de um projeto comum que tenha a assinatura das quatro.
“Eu já tenho um compromisso para logo que terminar o recesso parlamentar. Estarei convidando as colegas de bancada para que nós possamos tomar um café juntas e abrirmos uma discussão para a criação de um projeto comum que pudéssemos apresentar em nome da bancada feminina de Mato Grosso. Eu acredito que isso seria muito simbólico. Aliás, já adianto e já faço o convite, aproveitando o programa para as minhas colegas parlamentares para que a gente possa focar em algo que tenha nossas assinatura, uma proposta única das mulheres de Mato Grosso para o Brasil”.
Até aqui o Estado registrou três momentos em que a bancada contou com duas ou mais mulheres. Na legislatura de 2003 a 2006, com participação de Teté Bezerra e Celcita Pinheiro. Nesta legislatura, que se iniciou com duas – Amália e coronel Fernanda – e agora se ampliando para metade da representatividade com as suplentes Flavinha e Gisela.
Gisela destaca esse momento e defende que isso seja favoritados em favor das mulheres.
“É um momento muito forte essa questão da representatividade da mulher. Acredito que nós mulheres que participamos de coletivos é muito importante que momento como esse sejam valorizados, exaltados, porque realmente é um momento histórico. Importante lembrar que em Mato Grosso, na Câmara Federal, tem direito a oito vagas sendo que neste momento quatro delas são ocupadas por mulheres. Quando a gente consegue ocupar espaços importantes como este dentro da ambiência política, claro, a gente sempre tem que exaltar. Pois isso é, sobretudo, dar a devida importância a um momento de absoluta atipicidade”, disse.
Gisela que é secretária-adjunta do Procon Estadual tomou posse no dia 7 de julho na Câmara Federal, com a ida do deputado federal Fábio Garcia(ambos do UB) para a Secretaria da Casa Civil de Mato Grosso. Garcia assumiu a Pasta no dia 10 de julho, na sala de reuniões Garcia Neto, no Palácio Paiaguás. O parlamentar federal assumiu o cargo no lugar de Mauro Carvalho, da mesma sigla partidária, que deixou o Governo do Estado para substituir o senador, Wellington Fagundes(PL) que se licenciou por questões médicas.
Cuiabana, nascida e criada no bairro do Porto, Gisela é filha de mãe professora e pai advogado. Formada em Direito pela Unemat, com pós-graduada em Direito do Consumidor. Gisela assumiu a carreira de conciliadora de Defesa do Consumidor do Procon/MT e tem uma longa trajetória na ambiência política. Tendo sido candidata em 2018, ainda pelo PROS, na época, quando disputou uma cadeira no parlamento federal, alcançando um expressivo número de votos, mais de 50 mil votos. Em 2020, concorreu à Prefeitura de Cuiabá e terminou na disputa em 3º lugar, conquistando 52.191 votos na capital. E, em 2022, concorreu novamente na luta por uma das oito vagas à Câmara Federal, ficando novamente na suplência. E assumiu a vaga agora em julho merecidamente.
Participou da bancada do talk show desta terça-feira, nos estúdios do site O Bom da Notícia, a advogada Bábara Lenza Lana, uma das poucas juristas brasileiras que tem um escritório que advoga só para mulheres. Bárbara é ainda uma das grandes estudiosas de Mato Grosso que realiza estudos mais profundos sobre os direitos da mulher e trabalha em uma luta, sem tréguas, pelo fim da violência contra as muheres.
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Fonte: O Bom da Notícia
