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‘Orgulho’, diz Gisela Simona, única deputada federal negra por Mato Grosso

Gisela Simona (União) é a única mulher negra do Estado de Mato Grosso a chegar à Câmara Federal. Com a ida do titular da cadeira Fábio Garcia (União) para chefia da Casa Civil de Mauro Mendes (União), Gisela que ocupa a primeira suplência do grupo político chega a Brasília.

Nas eleições gerais de 2022 para deputados federais apenas 135 parlamentares que se autodeclaram pretos e pardos foram eleitos, o que representa 26% das cadeiras deste Poder. A equidade racial dos eleitos para legislar Brasília está aquém da realidade brasileira, que possui 56% da população negra (preto e pardo), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na terça (25) dia em que se comemora o dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha o debate racial ganha força na agenda midiática, e evidencia as desigualdades de gênero e raça existentes em nossa sociedade.

O Visão Alex conversa com a advogada, servidora pública e deputada federal Gisela Simona. Mulher e negra, a parlamentar entra na história de Mato Grosso, que até então não tinha essa representação na esfera Federal.

Do partido União Brasil, de centro-direita e que compõe a base do Governo Federal, a parlamentar diz ter orgulho de ser deputada federal e complementa: “Há toda uma luta e uma resistência para que a gente possa ocupar esses espaços de poderes importantes e colaborar com as grandes decisões do nosso país. É uma grande oportunidade que eu estou tendo de trazer esta representatividade, que em número é tão grande em nosso Estado e em nosso país mas pequena nos espaços de poder”.

“Há toda uma luta e uma resistência para que a gente possa ocupar esses espaços de poderes importantes e colaborar com as grandes decisões do nosso país.” Gisela Simona, Deputada Federal.

Gisela, que no último pleito a deputada federal obteve 28.897 votos, acredita que os maiores desafios da agenda da mulher negra na Câmara é fazer com que a discussão sobre as desigualdades existentes de raça e gênero não caia no esquecimento.

Segundo a deputada, neste segundo semestre haverá uma votação do orçamento para o ano que vem (2024), e que o Ministério da Igualdade Racial solicitou aos parlamentares negros incluam o recorte racial na pauta, para que promova ações que combatam as desigualdades ainda existentes.

Em casa

Após sair do PROS, partido ao qual a deputada concorreu aos cargos deputada federal (2018) e prefeita de Cuiabá (2020), a parlamentar afirma que se sente acolhida com o União Brasil, e que o mesmo cumpriu com a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de destinar parte do Fundo Eleitoral a sua candidatura, feminina e negra – previsto em lei.

“Tenho sido muito bem recebida no congresso federal pelos parlamentares do União Brasil. Acredito que o partido irá colaborar muito para que este mandato aconteça com êxito” afirma Gisela.

Fonte: Visão Alex

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